O Mundial 2015, realizado pela IBJJF no fim de maio, já está na história do esporte. Mas os nomes dos campeões ainda ecoam nas academias e nos campeonatos de Jiu-Jitsu pelo Brasil e pelo mundo. Um deles é o do paulista Leandro Lo, que conquistou o quarto título mundial na carreira, desta vez no meio-pesado. Lo tem títulos no peso leve (2012/2013) e no médio (2014).
De quebra, Leandro ainda beliscou o bronze no absoluto, em Long Beach, na Califórnia. O guardeiro fenomenal fez lutas emocionantes com Keenan Cornelius (Atos) e Bernardo Faria (Alliance) no absoluto.
No meio-pesado, o aluno de Cícero Costha assombrou e venceu todo mundo. Na final, fez 7 a 0 em cima do perigoso Tarsis Humphreys (Alliance).
O que o astro aprendeu com o ouro na categoria e o bronze no absoluto? GRACIEMAG foi descobrir.
GRACIEMAG: Lo, seu sonho de criança já se realizou no Jiu-Jitsu?
LEANDRO LO: Sempre quis ser três vezes campeão mundial, era o meu objetivo desde novo. Graças a Deus, consegui ser campeão quatro vezes no peso. Mas ainda tenho outro sonho. Ainda não consegui ser campeão no absoluto, está difícil para caramba [risos]. Estou muito feliz com o quarto título, porém quero ganhar o absoluto e mais dois títulos mundiais. Acho que ano que vem vou tentar ir de pesado, não sei. Talvez vá de novo no meio-pesado. Acho que vou tentar subir para ficar com uns 88kg ou 90kg. Aí vejo em qual categoria eu vou, mas ainda não sei, está longe.
Como analisa sua vitória sobre o Tarsis Humphreys por 7 a 0 na final?
O Tarsis é um atleta muito técnico. Ele se vira em qualquer posição, por cima ou por baixo, e se defende muito bem também. Para vencer, eu sabia que tinha de colocar meu ritmo sem deixar o Tarsis chegar nas posição dele, pois ele é forte e justo. É difícil fazer ponto nele. Eu dei o gás, explodi e venci. Foi uma luta boa.
No absoluto, você disputou uma quarta de final eletrizante com o Keenan Cornelius. Como defendeu aquele triângulo, Lo?
Meu, a luta foi uma guerra mesmo. Não esperava aquele triângulo voador. E ele já tinha feito comigo num treino, me finalizou num triângulo parecido. No Mundial, quando o Keenan encaixou, eu dei meu braço para sair. Assim que ele foi no braço, escapei um pouco mais minha cabeça. Consigo segurar bem meu braço direito, mas não teve muita técnica, não. Foi na raça mesmo. A luta foi muito difícil.